Ela nunca conseguiu falar o que sentia, embora sempre tentasse, seu esforço era inútil... O máximo que conseguia era ficar gaga, com mãos tremulas e disritmia cardíaca.
Algumas vezes ela presenciava cenas lindas e nunca contara para ninguém, chegava em casa e corria para escrever sobre em seu diário. Diário este que por sinal, era sua melhor amiga. 
Naquelas folhas que pouco a pouco eram preenchidas com caneta perfumada estava toda sua vida. Todos os seus segredos, seus desejos e planos para o futuro, os maiores objetivos que deveria alcançar, as metas que deveria cumprir, seus desabafos, seus choros contidos, toda a felicidade momentânea, tudo!Nunca confiara sua vida para nenhuma pessoa...
Essa garota sempre acreditou que a vida não precisava de plateia. Sempre preferiu deixar as coisas que devam certo e errado de sua vida em segredo, até porque, não existem amigos. São todos curiosos e ninguém realmente se importa.
Para ela, escrever era algo tão vital quanto o ato de respira, mas não é fácil, juro que não é. Vez ou outra ela fica encarando o papel por longos períodos tentando organizar seus pensamentos insanos e complexos, assim como  os de Gus Waters, seus pensamentos são estrelas que ela não consegue arrumar em constelações
Seus relatos não eram famosos, tampouco bonitos, mas... eram sinceros. Uma vez lhe disseram "chore palavras, não lágrimas" e desde então nenhuma lágrima ousou cair sobre seu rosto.





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